Bonecos, figurinos, cartazes e até coleções de tampinha de refrigerante fazem parte de mostra que acontece no Rio de Janeiro.
Um Batman franzino preso a uma armadura bastante inflexível contra um
Coringa fanfarrão e caricato. Ou um Batman combativo e sombrio contra
um Coringa hiperviolento e psicótico. Poucos personagens foram
transpostos tantas vezes às telonas como os criados por Bob Kane e Bill
Finger para os quadrinhos há mais de 70 anos. Os contrastes marcaram a
carreira do Homem Morcego nos cinemas. E é com o intuito de resgatar as
nuances e peculiaridades presentes ao longo de diversos filmes do ícone
da DC Comics, lançados entre 1989 e 2012, que o grupo Batmania Rio organizou a exposição “A Sombra do Morcego”,
que foi aberta nesta terça (10), no Rio de Janeiro. A mostra segue até o
dia 10 de agosto, com entrada franca. Os horários de visitação estão
disponíveis no Facebook do evento.
Os visitantes da mostra encontram, nos dois andares do Centro
Cultural Municipal Oduvaldo Vianna Filho, popularmente conhecido como
Castelinho, no bairro do Flamengo, inúmeros objetos e materiais alusivos
aos filmes dirigidos por Tim Burton, Joel Schumacher e Christopher
Nolan. Uma das atrações mais interessantes é a coleção de recortes de
jornais com matérias da época de lançamento dos filmes. É possível ler
sobre a disputa de oito estrelas de Hollywood pelo papel da Mulher-Gato
em “Batman – O Retorno”, de 1992, que acabou indo parar nas mãos de
Michelle Pfeiffer (“Sombras da Noite”). Ou sobre a comparação do vilão Charada, interpretado por Jim Carrey (“O Show de Truman”) em “Batman Eternamente”, de 1995, com as drag queens do longa “Priscilla, a Rainha do Deserto”.
Outro ponto forte da mostra é o panorama da intensa estratégia de
marketing dos filmes do Homem Morcego. Você sabia, por exemplo, que
havia até pirulitos do Batman, com tatuagens de brinde, na época do
lançamento do primeiro filme, em 1989? Ou que era possível colecionar
tampinhas de refrigerante com imagens dos personagens de “Batman – O
Retorno”? Isso sem contar as infindáveis coleções de bonecos, copos,
chaveiros e outros gadgets, além de fitas VHS, trilhas sonoras
em vinil e CD, edições especiais dos filmes em DVD e até uma extensa
amostra de jogos de videogame inspirados pelas produções, para
plataformas clássicas como Super Nintendo, Mega Drive e Master System.
Para Diogo Oliveira e Paulo Chacon, integrantes do grupo Batmania
Rio, o objetivo da mostra é propor um encontro entre fãs do Homem
Morcego de diferentes gerações e resgatar a riqueza do universo do
personagem no cinema. A maioria dos materiais em exposição foi reunida a
partir do acervo pessoal dos próprios realizadores. “Batman é um ícone tanto da sétima como da nona arte”,
define Chacon. Sobre a exclusão de “Batman & Robin”, dirigido por
Joel Schumacher em 1997, os organizadores explicam que o longa,
frequentemente apontado como um dos piores filmes de todos os tempos,
foi rodado às pressas e sob forte pressão da Warner Bros., e por isso em nada acrescenta à mitologia do Homem Morcego.
Em compensação, a mostra já apresenta alguns materiais, como cartazes
e reportagens, sobre “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, o
aguardado desfecho da trilogia iniciada por Christopher Nolan com
“Batman Begins” (2005) e seguida por “Batman – O Cavaleiro das Trevas”
(2008). A produção estreia no Brasil no próximo dia 27 de julho, uma
semana após o lançamento no circuito comercial dos Estados Unidos. O
filme é estrelado por Christian Bale (“O Vencedor”) como o milionário Bruce Wayne, alter ego do Homem Morcego, Tom Hardy (“Guerra é Guerra”) como o vilão Bane, e Anne Hathaway (“O Diabo Veste Prada”) como a misteriosa Mulher-Gato, entre outros. A terceira parte da trilogia será exibida com cópia em IMAX em algumas salas.
cinemacomrapadura.com
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