Quanto
mais poderoso o vilão, mais valoroso é o herói que o derrota, a prova
disto é o Batman, um dos maiores super-heróis de todos os tempos. Seu
elenco de adversários reúne uma vasta galeria com os criminosos mais
insanos e perigosos do mundo das histórias em quadrinhos. Confira agora
neste especial um pequeno perfil dos vilões mais legais do Cavaleiro das
Trevas:
O Coringa
Primeira aparição: Batman 1, 1940.
O
pior dentre todos os inimigos do Homem-Morcego já contou diferentes
histórias sobre sua origem. Tantas foram que nem ele mesmo sabe
diferenciar realidade de ficção. A versão mais aceita até hoje é aquela
estabelecida por Alan Moore na clássica "Batman: a piada mortal", que
mostra o futuro Coringa como um homem casado e, dentro do possível, até
mesmo feliz. Assistente de laboratório da Indústria Química ACE, em
Gotham, ele deixa seu emprego no intuito de seguir o sonho de se tornar
um grande comediante. Logo no começo, percebe que suas piadas não
encontram eco na platéia. Sentindo-se um fracasso e precisando sustentar
a esposa grávida, ele acaba se envolvendo com criminosos. A idéia é se
passar pelo criminoso Capuz Vermelho e levar dois criminosos mequetrefes
pela fábrica química, com o objetivo de assaltar a empresa vizinha, uma
fabricante de baralhos. As coisas começam a dar errado quando, no dia
planejado para o assalto, sua esposa morre eletrocutada em um acidente
doméstico. Sem motivos para seguir seu plano, o futuro Coringa acaba
sendo coagido por seus novos sócios a se ater ao combinado. Na hora da
ação, no entanto, os planos do bando são frustrados pelos seguranças da
empresa e por Batman. Os dois criminosos são baleados enquanto que o
homem que se passava pelo Capuz Vermelho acaba entrando em pânico ante a
presença do Cavaleiro das Trevas e pula em um tonel de produtos
químicos. Sai de lá com a pele branca, os cabelos verdes, lábios
vermelhos e completamente enlouquecido. Jogado além dos limites da
sanidade, nasce naquele momento o Coringa.
Denominando-se
"O Príncipe Palhaço do Crime", ele começou a cometer uma série de
crimes cruéis, em que qualquer lógica deixava de existir. Ao longo dos
anos, Batman sempre conseguiu frustrar seus planos, iniciando um ciclo
vicioso que é típico da maioria dos vilões dos quadrinhos: o Coringa
cometia um crime, Batman o prendia no Asilo Arkham, ele fugia para
aprontar mais uma e ser preso novamente. Isso desenvolveu um grande laço
de ódio entre o herói e o criminoso.
A
insanidade do Coringa quase levou Batman à loucura em mais de uma vez.
Uma delas foi quando o criminoso aleijou a filha adotiva do comissário
Gordon, Bárbara Gordon (a Batgirl, que na cadeira de rodas virou a
Oráculo), e tentou enlouquecer o policial mostrando-o diversas fotos da
tragédia. Outra foi quando espancou e assassinou o segundo Robin, Jason
Todd. Na época, o Coringa havia caído nas graças dos aiatolás, sendo
sagrado embaixador iraniano na ONU conseguindo, assim, imunidade
diplomática. Posto que foi revogado pouco depois.
Devido
à sua insanidade e extrema falta de sentimentos humanos, o Coringa está
entre os mais clássicos e perigosos inimigos de Batman.
O Pingüim
Primeira aparição: Detective Comics 58, 1941.
Oswald
Chesterfield Cobblepot teve uma infância miserável. Ainda era jovem
quando seu pai faleceu vítima de broncopneumonia. Atribuindo isso ao
fato de seu marido ter saído na chuva sem um guarda-chuva, a Sra.
Cobblepot passou a insistir que o filho sempre saísse de casa carregando
um, independente do clima. Isso, aliado ao excesso de peso do menino
fizeram com que ele se tornasse o alvo preferido das gozações de outros
garotos, especialmente de um valentão apelidado "Cação", que lhe deu a
alcunha pelo qual seria conhecido no futuro: Pingüim. Amargurado, o
jovem Oswald passou a treinar boxe, até que certo dia conseguiu se
vingar de Cação, espancando-o selvagemente. Em represália, Cação
destruiu a loja de aves da Sra. Cobblepot, matando os pássaros que
Oswald considerava seus únicos amigos no mundo.
Anos
mais tarde, graças à ajuda de uma tia, Oswald ingressou na faculdade,
formando-se em ornitologia, a ciência que estuda os pássaros. Apesar da
vida razoável que levava, Oswald carregava consigo muita raiva acumulada
desde a infância e, quando isso explodiu, passou a usar seus
conhecimentos em ornitologia para cometer crimes, adotando o infame
apelido que recebera na infância. Para tal, passou a usar os pássaros e
uma série de guarda-chuvas adaptados que podem ser convertidos em
metralhadoras, lança-chamas, espadas, esconder hélices a motor, lançar
gás, ácido e trazer uma série de outros recursos.
Apesar
de sua periculosidade, o Pingüim possui uma grande fraqueza: a vaidade.
E Batman não só sabe disso quanto usa essa fraqueza para deter o
Pingüim sempre que necessário.
O Charada
Primeira aparição: Detective Comics 140, 1948.
Edward
Nashton, ou Edward Nigma, o Charada é um homem que adora planejar um
crime e enviar pistas sobre seus futuros atos em forma de enigmas para a
polícia, que, obviamente, as repassa ao Batman. E. Nigma descobriu sua
fascinação por quebra-cabeças e charadas ainda na infância, quando
trapaceou em um concurso para ganhar um prêmio na escola. Na ocasião,
ganharia o prêmio quem montasse um quebra-cabeças mais rapidamente e, na
noite anterior à competição, Ed conseguiu fotografá-lo, tornando sua
tarefa muito mais fácil. Esse gosto por enigmas e trapaças foi crescendo
na medida em que ele amadurecia, de forma que se tornar um trapaceiro
profissional foi apenas questão de tempo.
O
Charada, ao contrário de alguns dos membros da galeria de vilões do
Batman, é um criminoso que usa muito mais o cérebro do que músculos ou
armas para cometer seus crimes. Isso faz com que ele seja um dos
inimigos menos perigosos do Homem-Morcego.
Sua
principal fraqueza é a estranha compulsão que tem de enviar pistas à
polícia sobre seus futuros crimes. Aparentemente, Nigma é incapaz de
cometer um crime sem que antes o descreva em forma de charada ou
quebra-cabeças. Por outro lado, sua criatividade faz com que ele seja
capaz de conceber qualquer charada adaptada ao crime que pretende
cometer.
O
Charada é um dos poucos inimigos de Batman que deduziu sua verdadeira
identidade. No entanto, não há nenhuma possibilidade dele deixar a
informação "vazar". Como Batman explica, "qual é a graça de uma charada
se todo mundo sabe a resposta?", diz, se referindo à obsessão do Charada
por enigmas e o maior de todos eles: "Quem é o Batman?".
Duas-Caras
Primeira aparição: Detective Comics 66, 1941.
Harvey
Dent era um promotor de Gotham City que forjou uma aliança com o então
tenente (e mais tarde, capitão e finalmente, comissário) da polícia
James Gordon e o Batman para limpar as ruas da cidade. Essa aliança
acabou de maneira trágica quando o chefe Moroni, um gângster local,
jogou ácido na cara de Harvey durante seu julgamento, deformando metade
do rosto do promotor e deixando a outra metade intacta.
A
deformação de metade de seu rosto fez aflorar em Dent uma desordem de
múltipla personalidade, deixando-o insano. Surgiria então o criminoso
conhecido como Duas-Caras. Obcecado com a dualidade e os opostos, uma de
suas marcas registradas são crimes envolvendo o número dois. A outra
(porque o Duas-Caras teria que ter duas marcas registradas, certo?) é o
dólar de prata, com uma das faces riscada, que o Duas-Caras usa para
tomar qualquer decisão relativa aos seus crimes. Geralmente antes de
cometer um crime ele joga a moeda pra cima: se cair a face intacta, ele
desiste; se cair a riscada ele segue em frente.
Ao
longo dos anos, Harvey tentou reparar o lado deformado de seu rosto com
cirurgias plásticas. Infelizmente, isso não bastou para curá-lo e,
assim sendo, o próprio Dent acabou deformando seu rosto novamente e
voltando ao crime.
Primeira aparição: Batman 1, 1940 (The Cat), Batman 2, 1940 (Catwoman).
Depois
do suicídio de sua mãe e do falecimento de seu pai, a jovem Selina Kyle
vagou pelas ruas de Gotham por uma semana, até ser presa e mandada para
o orfanato Seagate. Independente demais para aceitar as regras do
lugar, Selina foi por várias vezes punida pela diretora e suas
subordinadas. Ao conseguir secretamente um código que desativava os
alarmes do local, ela passou a visitar os telhados do orfanato todas as
noites.
Certa
vez, depois de ser mandada para a solitária, Selina descobriu que a
diretora do Seagate desviava parte dos recursos destinados à instituição
(uma fundação filantrópica) para seu próprio bolso. Selina decidiu
então usar essa informação para chantagear a mulher e acabou enfiada
dentro de um saco e jogada de um precipício em um rio, para que morresse
afogada - o mesmo método que certas pessoas utilizam para se livrar de
felinos indesejados, diga-se de passagem. Para sua sorte, a futura
Mulher-Gato conseguiu sobreviver e, de volta ao Seagate, obrigou a
diretora do lugar a apagar todos os dados relativos a Selina Kyle
presentes no computador da instituição.
Livre,
passou a roubar para sobreviver. Mais tarde, se tornou uma prostituta
na zona boêmia de Gotham City. Nessa época, Batman começou a fazer suas
primeiras aparições na cidade e seus atos inspiraram Selina. Ela
confeccionou um uniforme e valendo-se das habilidades adquiridas em seus
anos de vida bandida, se tornou uma ladra profissional. Surgia assim a
Mulher-Gato.
Apesar
de ter sido introduzida originalmente para ser mais um dos vilões
combatidos pelo Homem-Morcego, seu status como vilã é um tanto ambíguo.
Selina segue seu próprio código moral (ela nunca mata) e ocasionalmente
se une ao Batman para combater uma ameaça em comum. Ou para pedir ajuda.
Isso forjou um estranho laço de amor/ódio entre ambos.
O Espantalho
Primeira aparição: World´s Finest Comics 3, 1941.
O
Dr. Jonathan Crane era um professor de Psicologia na Universidade de
Gotham, cuja especialidade era a psicologia do medo. Quando jovem, ele
era atormentado pelos valentões da escola e da faculdade, devido ao seu
jeitão "nerd" e sua figura mirrada. Ele se tornou o Espantalho para se
vingar daqueles que o atormentavam. Em uma discussão na Universidade,
quando já era professor, Jonathan disparou um tiro contra um vaso de
flores, no intuito de se fazer ouvido pelo corpo docente da Instituição,
que queria cortar as verbas de suas pesquisas. O incidente fez com que
ele fosse demitido. Assumindo novamente a identidade do Espantalho e
munido de um gás que provoca um sentimento de medo mortal em quem o
inala, Jonathan assassinou todos aqueles que considerava responsáveis
pela sua demissão.
Depois
disso, assumiu de vez a vida de crimes, usando-se de uma variedade de
gases do medo e valendo-se de todo o seu conhecimento da psicologia do
medo como arma.
Senhor Frio
Primeira aparição: Batman 121, 1959.
O
Senhor Frio apareceu na década de 60 como uma espécie de vilão "cômico"
do gibi do Batman, fazendo parte da mesma categoria de criminosos ao
qual pertenciam o Mariposa Assassina e o Chapeleiro Louco.
Nos
anos 90, no entanto, os produtores do desenho animado do Batman viram
um grande potencial desperdiçado no vilão e decidiram investir nele,
estabelecendo, inclusive, sua origem, que passou a valer não só para a
telinha, quanto para os gibis. Dessa forma, descobrimos que Victor Fries
era fascinado por experimentos que envolviam baixas temperaturas desde
criança, quando congelava animais. Devido ao seu desvio comportamental,
foi enviado para uma escola de normas rígidas, que lhe daria mais
disciplina. Lá conheceu Nora, sua futura esposa.
Infelizmente,
Nora contraiu uma doença fatal. Para conseguir o dinheiro necessário
para ajudar a esposa, Victor arrumou um emprego em uma grande empresa,
trabalhando com criogenia. Nesse ínterim, ele descobriu uma maneira de
congelar Nora, de forma a impedir o avanço da doença, preservando sua
vida até que uma cura fosse encontrada. Quando seu patrão, Ferris Boyle,
descobriu o que Victor estava fazendo, decidiu parar o experimento e
descongelar Nora. No conflito que se seguiu entre ambos, Victor foi
atirado em uma mesa cheia de produtos químicos. A reação deles com
Victor teve um efeito inesperado, fazendo com que sua temperatura
corporal caísse tanto que ele só poderia sobreviver em temperaturas
abaixo de zero. Como resultado, Victor teve que desenvolver um traje
refrigerado que mantivesse sua temperatura corporal nesses níveis.
Surgia assim o Sr. Frio.
Os
crimes deste malfeitor geralmente envolvem o congelamento
indiscriminado de tudo e todos que cruzarem seu caminho. Da galeria de
vilões do Batman, ele é um dos poucos que praticamente nunca se envolve
com outros criminosos, preferindo agir sozinho.
Hera Venenosa
Primeira aparição: Batman 181, 1966.
A
Dra. Pamela Lillian Isley era uma botânica de Seattle, na verdade, uma
das mais respeitadas cientistas em seu campo de atuação. Isso até que
Jason Woodrue (também conhecido como Homem Florônico) conduzisse alguns
experimentos em Pamela. Ao injetar toxinas em sua corrente sangüínea ela
se tornou imune a todas as espécies de venenos, viroses, bactérias e
fungos. Como "bônus", Pamela ainda ganhou um toque mortal. Basta um
beijo seu e qualquer pessoa fica sob seu comando. Um pouco mais de
contato e a pessoa cai dura a seus pés. Desnecessário dizer que isso fez
com que a pobre doutora ficasse pinel e, como todo doidão do Universo
DC que se preze, migrasse para Gotham City.
Uma
mulher muito atraente, Pamela seduz tanto homens quanto mulheres pelas
toxinas retiradas das plantas que tanto conhece. Ela se especializou em
híbridos e é capaz de criar as mais poderosas toxinas conhecidas.
Uma
inimiga perigosa, a motivação para seus crimes geralmente envolve seu
desgosto com a forma como o ser humano trata o meio-ambiente,
especialmente a flora do planeta.
Ras Al Ghul
Primeira aparição: Batman 232, 1971.
A
"Cabeça do Demônio" já tinha séculos de idade quando travou seu
primeiro embate com o Batman. Devido ao Poço de Lázaro - uma espécie de
"fonte da juventude", capaz de curar qualquer ferimento ou doença e
devolver a juventude a quem nela entra -, Ras Al Ghul sobreviveu por
séculos acumulando riqueza, conhecimento e poder. Ele rivaliza as
capacidades do Cavaleiro das Trevas tanto em combate corpo-a-corpo,
quanto em esgrima e capacidade dedutiva. Isso, somando-se ao fato dele
comandar uma verdadeira legião de seguidores conhecida como "a Liga dos
Assassinos", que emprega alguns dos matadores mais infalíveis do
planeta, aumenta ainda mais sua periculosidade.
Ao
contrário dos demais inimigos do Batman, o objetivo primordial de Ras
não é o poder e a riqueza. Isso ele já tem de sobra. O que Ras quer é
fazer uma limpeza no mundo, exterminando boa parte dos homens e mulheres
do planeta, de forma que a população humana chegue a números menos
absurdos e, com isso, a degradação do meio ambiente e dos recursos
naturais sofra uma desaceleração. Ras tem os meios para conseguir isso e
geralmente o tenta por meio de ameaças biológicas e disseminação de
pragas criadas em laboratório. Seus planos, no entanto, sempre são
frustrados pelo Batman.
Como
foi dito acima, suas capacidades intelectuais rivalizam com as do
Cavaleiro das Trevas, a quem Ras geralmente se refere como "O Detetive".
Prova disso é que Ras é um dos poucos que chegou à conclusão de que
Batman e Bruce Wayne são a mesma pessoa. No primeiro encontro entre os
dois, Ras apareceu de surpresa na Batcaverna, aparentemente pedindo a
ajuda do herói para resgatar sua filha Tália e o primeiro Robin, Dick
Grayson. O suposto seqüestro de ambos era, no entanto, um ardil de Ras
para testar Batman, a quem ele considera como a única pessoa digna de
sucedê-lo em sua luta pelo controle populacional. Não que Wayne esteja
interessado...
Tália,
a filha de Ras, foi um dos interesses românticos de Bruce Wayne/Batman,
a quem ela costumava se referir como "meu amado". Por mais de uma vez,
Tália se desiludiu com o pai e seus planos e o deixou. Em uma dessas
ocasiões, ela foi encarregada de dirigir a LexCorp para o ex-Presidente
Lex Luthor. Nessa época, Tália chegou a vender a companhia a Wayne, para
ajudar o Super-Homem e o Batman a derrotar o vilão.
Na
agora clássica história "O filho do Demônio" (publicada aqui na
longínqua "Graphic Novel 5"), Ras obteve sucesso em conseguir o auxílio
de Batman para derrotar o assassino que havia tirado a vida de sua
esposa. Nessa história, Batman se casa com Tália, que fica grávida do
herói. Depois de ver seu amado quase perder a vida em sua defesa, Tália
percebe que não poderia manter o herói ao seu lado. Alegando que havia
sofrido um aborto natural, dissolve o casamento de ambos. Quando deu à
luz ao bebê, Tália a entrega a um orfanato, sem nenhuma identificação
que o ligasse aos pais, exceto um colar que antes pertencera à sua mãe.
(Aqui
cabe um parênteses: Depois da reformulação sofrida pelo Universo DC em
"Crise nas infinitas Terras", "O filho do Demônio" passou a ser
considerada uma história pertencente à série "Túnel do tempo", ou seja,
não faz parte da continuidade oficial de Batman. Duas versões adultas da
criança gerada no relacionamento entre Bruce e Tália apareceram
futuramente, nas histórias "O reino do Amanhã" e "Irmandade do
morcego").
Em
outra história, intitulada "A morte e as donzelas", foi revelado que
Ras teve uma outra filha, Nyssa, que nascera no começo do século 18.
Fascinada pelas histórias contadas pela sua mãe, Nyssa decidiu sair à
procura do pai, eventualmente encontrando-o no norte da África.
Impressionado por sua beleza e habilidades, Nyssa se tornou seu braço
direito, acompanhando-o em suas empreitadas. O fascínio de Ras pela
filha foi tão grande que ele inclusive permitiu que ela desfrutasse do
Poço do Lázaro aumentando sua expectativa de vida de maneira
substancial.
Assim
como aconteceria com Tália no futuro, Nyssa eventualmente ficou
insatisfeita com os planos e métodos de Ras e separou-se dele. Ras
concordou com isso, desde que os filhos de Nyssa se tornassem seus
herdeiros. Nyssa recusou-se a isso e Ras a deserdou.
Durante
a Segunda Guerra Mundial, Nyssa e sua família foram enviadas para
campos de concentração. Nyssa viu impotente seus parentes morrerem em
experimentos conduzidos por médicos nazistas pertencentes à mesma escola
do sádico Doutor Mengele.
Amargurada
e aterrorizada pelo que presenciou e pelo fato de ter concluído que Ras
e a maior parte do mundo haviam simplesmente deixado-a desamparada para
morrer nas mãos dos nazistas, ela traçou um plano de vingança. Usaria
seus recursos para seqüestrar e fazer uma lavagem cerebral em Tália, com
o intuito de usá-la para assassinar Ras. Além disso, iria matar o
Super-Homem usando balas de kriptonita roubadas da Batcaverna.
Batman
conseguiu impedir o assassinato do Super-Homem, mas não o de Ras. Um
pouco mais tarde, seria revelado que tudo isso não passava de um ardil
do próprio Ras, que queria garantir seu legado, mostrando a suas filhas a
validade de suas idéias e métodos. Apesar de morto, Ras conseguiu esse
objetivo, já que hoje Tália e Nyssa são as comandantes da "Liga dos
Assassinos" e pretendem continuar o legado do pai. Tália, inclusive,
renegou o amor que sentia por Bruce Wayne e hoje considera o Batman o
seu maior inimigo.
Bane
Primeira aparição: Batman: Vengeance of Bane 1, 1993.
Apesar
de ser um vilão de segundo escalão e praticamente criado sob encomenda,
Bane conseguiu o que nenhum dos inimigos do Batman havia conseguido até
então: subjugar e derrotar o herói.
Dotado
de uma força quase sobre-humana, aumentada pela droga "Veneno" e uma
grande inteligência (ele deduziu a identidade do Cavaleiro das Trevas o
que, francamente, não parece ser algo assim tão difícil, visto o número
de pessoas que o fizeram), Bane nasceu condenado à prisão perpétua,
condenado pelos crimes cometidos por seu pai. O único lugar que ele
conhece é o interior de Pena Duro, um presídio localizado na ilha de
Santa Prisca. Enquanto esteve preso, ele chegou a passar 10 anos na
solitária e, ao sair de lá (mais ou menos) são se tornou uma lenda
local. Determinado, passou a se exercitar e ler o máximo que podia, se
valendo de todos os recursos que a prisão poderia lhe oferecer. Quando
um cientista da prisão selecionava condenados para um experimento usando
a droga experimental "Veneno", Bane foi um dos voluntários. Com sua já
considerável força aumentada, apesar da grande dependência causada pela
droga, Bane bolou um plano de fuga, no qual obteve total sucesso. Já
fora da prisão, passou a perseguir sua obsessão: destruir o Batman.
Enquanto
estava na prisão, os sonhos de Bane eram atormentados pela figura de um
morcego demoníaco. Com o passar dos anos e ao ler sobre o guardião de
Gotham, Bane se convenceu de que o Batman era a personificação do
morcego demoníaco que atormentava seus sonhos. Isso me faz quase retirar
o que disse acima sobre ele ser dotado de grande inteligência...
De
qualquer forma, Bane passou um tempo estudando Batman antes de começar
seu plano. Em uma boa iniciativa, ele destruiu os muros do Asilo Arkham,
liberando os detentos nas ruas de Gotham. Por três meses Batman
trabalhou sem descanso para recapturar todos os ex-detentos do Asilo.
Quando alcançou o máximo de sua exaustão, acabou encontrando Bane
esperando por ele na Mansão Wayne. Sem estar no melhor de sua forma,
Batman foi derrotado pelo vilão, que quebrou a coluna do herói.
Provando
que suas motivações iam além de destruir Batman, Bane estabeleceu-se
como o chefão do crime em Gotham, enquanto que Wayne passava o manto do
morcego para Jean-Paul Valley, o Azrael. O novo Batman defrontou-se e
derrotou Bane sumariamente. Eventualmente, Wayne se recuperou e
reassumiu seu papel de guardião de Batman. E Bane continua por aí,
reaparecendo de vez em quando. Tudo isso foi visto na grande saga "A
queda do morcego".
Zsasz
Primeira aparição: Shadow of the Bat 1, 1992.
O
Zsasz é um assassino serial e um personagem de quinta categoria, que
tem o estranho fetiche de contar seu número de vítimas fazendo talhos em
sua pele. Cada cicatriz representa uma das pessoas que matou. Ele na
verdade nem deveria estar nesta lista, pois nunca passou de um
coadjuvante, mas como aparece em Batman Begins, em um papel sem
importância, fica aqui registrada qual é a sua aparição no longa.
papelnerd.com
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