sábado, 28 de julho de 2012

Novo 'Batman' é o sétimo no cinema; relembre todos os filmes do herói!!

 Desfecho da recente trilogia de Christopher Nolan estreou nesta sexta (27) 

“Batman” (1989)
À exceção dos fãs dos quadrinhos, o Batman fixado no imaginário popular foi, durante décadas, aquele da série televisiva exibida entre 1966 e 1968: um produto francamente cômico, a começar pelos quilogramas extras que o ator Adam West era obrigado a comprimir sob a fantasia do morcego. Até que veio o filme dirigido por Tim Burton, que costuma ser definido como “sombrio”. Embora protagonizado por um ator humorista, Michael Keaton, “Batman” (1989) ficou marcado pelo tratamento sério dedicado a um personagem obscuro. Marcou também pelo Coringa interpretado por Jack Nicholson, que recusou salário e propôs participação nos lucros da obra. Opção acertada: a superprodução arrecadou US$ 411 milhões no mundo todo.

“Batman – O retorno” (1992)
Dado o sucesso do capítulo anterior, Tim Burton teve tinha mais liberdade em “Batman – O retorno” (1992): o cineasta foi mais fundo no clima gótico. O enredo, por sua vez, investe em assuntos mais graves, como corrupção política e culto a celebridades grotescas. A aberração, ou vilão, da vez é o Pinguim, bem defendido por Danny DeVito. O elenco tem ainda Christopher Walken e Michelle Pfeiffer, que recebeu merecidos elogios ao viver a Mulher Gato. O personagem teve um filme solo em 2004, estrelado por Halle Berry, numa das mais constrangedoras adaptações de HQ já cometidas no cinema. Novamente com Michael Keaton encarnando o herói, “Batman – O retorno” repetiu o sucesso de seu antecessor nas bilheterias, somando US$ 267 milhões.

“Batman eternamente” (1995)
Com a saída de Burton, o estúdio Warner Bros convocou Joel Schumacher. Na prática, isso é o mesmo que dizer: saem os tons escuros e os contrastes marcantes, entram a fosforescência e os efeitos. O herói de “Batman eternamente” é vivido por Val Kilmer, àquela altura mais conhecido como o Jim Morrison de “The Doors” (1991). Com ele contracenam atores respeitáveis, como Tommy Lee Jones (Duas Caras), Jim Carrey (Charada) e Nicole Kidman. Pela primeira vez no cinema, houve ainda um Robin, papel de Chris O’Donnell. Este “renascimento” precoce da franquia foi um fracasso sob qualquer critério – tirando aquele que talvez mais interessasse, o financeiro: “Batman eternamente” fez US$ 336 milhões, dando sobrevida a Schumacher.

“Batman & Robin” (1997)
Já virou clichê criticar os mamilos da fantasia do herói em "Batman & Robin", mas talvez seja mesmo este o maior legado do filme: o intrigante detalhe do traje, agora vestido por George Clooney. Insuperável na posição de pior dentre todas as adaptações do guardião de Gotham City, o filme representou a Joel Schumacher uma oportunidade de redenção – mas ele terminou piorando o que já não era grandes coisas. Na forma, “Batman & Robin” lembra um parque de diversões carnavalesco em “noites do terror”. O conteúdo constrange. Chris O’Donnell faz de novo o Robin, e este não é o único aliado do morcego: existe a Batgirl (a patricinha de Bervely Hills Alicia Silverstone, em função decorativa). Do lado oposto, temos Arnold Schwarzenegger como Mr. Freeze e Uma Thurman como Poison Ivy. Uma vez mais, a franquia comprovou o apelo: US$ 238 milhões de arrecadação.

“Batman begins” (2005)
Tido como um dos principais – e mais caros e mais rentáveis... – diretores da Hollywood atual, o britânico Christopher Nolan tinha currículo modesto ao ser convocado a tocar a terceira encarnação do Batman na tela grande. A maior credencial que ele tinha era o seu segundo longa, o interessante mas superestimado “Amnésia” (2000). Notava-se, ali, um cineasta com recursos narrativos e senso de realismo incomuns no cinema de entretenimento: possivelmente, foram esses os atributos que fizeram os produtores contratá-lo. Com elenco estelar e boa aceitação de crítica e público – US$ 373 ao todo nas bilheterias –, o filme teve poucos senões, dentre eles a (falta de) química entre o Christian Bale, o protagonista, e sua parceria na tela, Katie Holmes. A atriz foi substituída no filme seguinte.

 "Batman: O cavaleiro das trevas” (2008)
Pensar em “Batman: O cavaleiro das trevas” é pensar, antes de tudo, no Coringa de Heath Ledger (1979-2008). Com sua versão espantosa do vilão, o australiano chegou a levar um Oscar póstumo de melhor ator coadjuvante. Mas o filme tem outros méritos. Christian Bale segue bem (a despeito da voz afetada), a exemplo de Morgan Freeman como o inventor aliado do morcego, Gary Oldman como o comissário Gordon, Michael Caine como o mordomo Alfred e Aaron Eckhart como um promotor de justiça que tem destino trágico. Todos estão a serviço do projeto de Christopher Nolan: proporcionar entretenimento com uma superprodução que busca ultrapassar os limites da fantasia dos quadrinhos e que seja um produto de seu tempo. Mesmo com a pretensão exagerada, “Batman: O cavaleiro das trevas” é o melhor “Batman”. E arrecadou US$ 1 bilhão.

“Batman: O cavaleiro das trevas ressurge” (2012)
Christopher Nolan oferece um filme grandioso e violento neste último capítulo de sua trilogia sobre o morcego. “Batman: O cavaleiro das trevas ressurge”, que entra em cartaz no país nesta sexta-feira (27), é um bom desfecho para esta etapa mais recente da “vida” do personagem. Com 164 minutos de duração, o filme já começa com uma sequência impressionante: o vilão Bane (Tom Hardy) promove um sequestro aéreo filmado com a habilidade que Nolan provou ter em “A origem” (2010). Recorrendo a referências como 11 de setembro, protestos em Wall Street e manifestações similares e recentes – e juntando política, ecologia, segurança pública, insurgência popular e frustração amorosa –, a superprodução só se deixa atrapalhar pelos excessos. Que não a impedem de ser superior a todos os seus pares, à exceção de “O cavaleiro das trevas”.

g1.globo.com/pop-arte/

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