Todo ano surgem polêmicas sobre plágios. De preferência, se o filme é popular, surgem vários indícios de plágio. Lembra de “Avatar“, filme dirigido por James Cameron? Depois que foi lançado e conseguiu se tornar o filme com maior bilheteria de todos os tempos, surgiram várias fontes de onde o Cameron poderia ter se inspirado para fazer o filme. Falaram que os Navi’s eram parecidos com os personagens dos quadrinhos “Timespirits,” que o enredo era o de “Pocahontas”, que o roteiro era igual ao de “Dança com Lobos” e que o argumento era chupado dôo livro “Call me Joe“. Sendo ou não sendo, a verdade é que o filme se tornou um fenômeno mundial.
Atualmente está acontecendo uma polêmica semelhante, mas agora envolvendo um autor brasileiro. O novo filme de Ang Lee, “As Aventuras de Pi“, é espetacular (nota 10/10, na minha opinião), mas a sua historia aparentemente não é totalmente original. De acordo com o jornal britânico The Guardian, o livro “Life Of Pi” (2001) escrito por canadense Yann Martel (49 anos), no qual o filme é baseado, é um plágio do livro brasileiro “Max e Os Felinos“, obra do gaúcho Moacyr Scliar (75 anos, já falecido) lançado em 1980 no Brasil e em 1990 no Reino Unido.
“Life Of Pi” ganhou o Prêmio Man Booker em 2002 e na época da premiação, Martel foi acusado de plágio por sua história ter muitos pontos similares a um conto do livro escrito por Moacyr.
Nele, um adolescente judeu foge da Alemanha nazista em um barco e, após
o seu naufrágio, ele encontra-se perdido no oceano dividindo um bote
com um jaguar. Já o livro de Martel, Pi é filho do dono
de um zoológico na Índia. Após anos cuidando do negócio, a família
decide vender o empreendimento devido à retirada do incentivo dado pela
prefeitura local. A ideia é se mudar para o Canadá, onde poderiam vender
os animais para reiniciar a vida. Entretanto, o cargueiro onde todos
viajam acaba naufragando devido a uma terrível tempestade. Pi consegue
sobreviver em um bote salva-vidas, mas precisa dividir o pouco espaço
disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre de
bengala
Posteriormente, Martel admitiu ter se baseado na mesma premissa do livro brasileiro e inseriu uma nota de agradecimento no prefácio de sua obra.
E aí? Eu acredito que, apesar das premissas semelhantes, as histórias são bem diferentes. Enquanto o livro do brasileiro tem caráter totalmente político, o livro do canadense vai pelo lado mais espiritualizado e de descoberta interior. Premissas semelhantes, destinos diferentes. MAS, se canadense realmente se inspirou no livro do brasileiro, ele tem que reconhecer (e fez isso anos depois) e creditar. Assunto encerrado. Não existe processo contra inspiração. Se você ler os dois livros, verá que são obras completamente diferentes.
O fato é que o autor Moacyr Scliar se mostrou uma GRANDE PESSOA. Que postura fantástica. Exemplar. Ganhou muitos admiradores com essa posição sobre o caso. Ele poderia querer aparecer, mas com certeza o caso fez com que muita gente fosse atrás do seu clássico livro. Descanse em paz, Moacyr.
Posteriormente, Martel admitiu ter se baseado na mesma premissa do livro brasileiro e inseriu uma nota de agradecimento no prefácio de sua obra.
E aí? Eu acredito que, apesar das premissas semelhantes, as histórias são bem diferentes. Enquanto o livro do brasileiro tem caráter totalmente político, o livro do canadense vai pelo lado mais espiritualizado e de descoberta interior. Premissas semelhantes, destinos diferentes. MAS, se canadense realmente se inspirou no livro do brasileiro, ele tem que reconhecer (e fez isso anos depois) e creditar. Assunto encerrado. Não existe processo contra inspiração. Se você ler os dois livros, verá que são obras completamente diferentes.
O fato é que o autor Moacyr Scliar se mostrou uma GRANDE PESSOA. Que postura fantástica. Exemplar. Ganhou muitos admiradores com essa posição sobre o caso. Ele poderia querer aparecer, mas com certeza o caso fez com que muita gente fosse atrás do seu clássico livro. Descanse em paz, Moacyr.
cinemacomrapadura.com
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