A long time ago in a galaxy far, far away…
É claro que não é possível definir o rumo da série somente com estes títulos, é preciso voltar ao começo de tudo para termos uma definição mais apropriada. Precisamos retornar aos confins da história de Metroid e rever os primeiros games, afinal, sem eles, essa matéria nem sequer estaria em produção. Os primeiros games seguiram um padrão de exploração e ação, num nível de dificuldade típico dos jogos antigos. A série seguia um padrão que também pôde ser visto em Castlevania, que exigia uma constante ida e volta entre os cenários quando se consegue novos poderes, podendo atingir novos locais e descobrir novos cenários.
Seja destino, seja uma maldição,
seja indecisão dos fãs, o game não vendeu como o esperado, e nem foi
tão aclamado assim. Os motivos variam entre a personalidade de Samus até
a jogabilidade linear, mas o game não surpreendeu tanto assim. Tendo em
vista tudo que ocorreu, como será que a Nintendo poderia recompensar e
superar a maldição? O que é preciso ser feito para o futuro título do
Wii U realmente emplacar? É isso que tentaremos prever aqui.
Numa visão conservadora
Temos três estilos de jogos que Metroid pode seguir: a aventura intensa em plataforma, a exploração desenfreada em primeira pessoa ou a nova perspectiva em terceira pessoa com toques de primeira. A questão toda é: qual destes estilos é o mais indicado para um console de mesa?
Originalmente Metroid era um jogo em plataforma, uma exploração que envolvia ir e vir de cenários com novos poderes e capacidades, acessando locais previamente indisponíveis. Considerando os gráficos em HD e Full HD do Wii U, será que esse estilo seria o melhor? É claro, o jogo seria lindo e voltaria às origens da franquia, mas é um meio que não poderia realmente explorar as capacidades do console - principalmente o GamePad.
Quer dizer, pensem comigo: o que de extraordinário poderia ser feito com o GamePad se o jogo fosse no estilo plataforma? Consigo imaginar o uso de mapas com maior facilidade, uma viagem entre os menus de forma mais fluida e dinâmica, tornando o passo do game mais rápido e realista. Mas... Eu não sei vocês, mas não vi nada de realmente inovador aqui. Onde está o sensor de movimentos? Acredito que a única vantagem desse estilo seja que, por não haver nada realmente notável no GamePad, o jogo possa ter streaming direto no controle - o que ainda não creio que seja um fator tão notável, considerando o histórico de vendas da franquia. É preciso ir um pouco mais além.
A era dos FPS
Esse vídeo a seguir foi feito por um fã da série, e demonstra como poderia ser o Metroid do Wii em sua visão:
Metroid Prime 4? Oi?
Mesmo limitando o uso do GamePad com a visão de Samus, botões poderiam suprir o uso dos menus, assimilando um certo item por botão e uma navegação instintiva entre eles. Outra utilidade que o novo controle da Nintendo poderia ter é o uso da telinha para resolver puzzles, desafios como consertar circuitos ou placas para abrir portas, ou mesmo ter de hackear servidores para poder explorar uma nave inimiga. As possibilidades são grandes, apesar de cansar um pouco os braços.
Outra forma - menos cansativa - de jogar seria o modo clássico dos FPS usando de dois analógicos: um para a câmera, outro para movimento. Isso tira um pouco da inovação proposta pelo Wii U, mas torna mais simples a jogabilidade e permite um uso maior do controle para menus e afins (ideias presentes no estilo "plataforma"). O que acham? Fãs da série Prime, como gostariam de ver a série no Wii U?
Opa, espera... Estou me atropelando. Ainda falta um estilo, tão polêmico que pode custar toda a matéria até agora... Mas vamos nos arriscar. Espero que não me apedrejem.
Uma aventura livre, só que não.
Futuro ameaçado
Como eu disse no meu outro Future Blast, o principal problema que ameaça a série são os fãs. Eles são a principal ameaça para o futuro de Metroid pelo simples fato de que eles não sabem o que querem. Alguns querem mais jogos como Super Metroid, outros querem ver a ação constante de Other M, outros a jogabilidade de Prime. No fim das contas, é impossível agradar a todos – e a prova disso é Other M, que tentou mesclar tudo e acabou não sendo excelente em nada.
O que a série precisa é achar o seu rumo, que ainda não foi encontrado. Os jogos em plataforma realmente tiveram seu espaço, e até hoje são ótimos, mas será que são os mais indicados para um console de mesa? O que realmente deve ser feito para que Metroid detone nas telas grandes? Uma coisa é certa: enquanto eles tentarem agradar a todos os públicos, estarão fadados ao fracasso.
nintendoblast.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário