Lançado em outubro, o novo mangá da Panini, Beelzebub,
não atraia tanto a minha atenção. Vi o anime e fiquei um tanto
decepcionado pela repetitividade das temáticas do mangá. Porém, resolvi
conferir a primeira edição pois o mangá tem tantos fãs que deve ter algo
de especial.
Tatsumi Oga é um valentão. Não poupa nada nem ninguém. Ele é a maldade encarnada. Ele é tão mal que foi escolhido para ser o guardião do bebê do Grande Rei Demônio. Para ter certeza de que o bebê estará sendo bem cuidado, Hildegard, uma babá demônio acompanhará bem de perto a vida de Oga… tão de perto que passa a morar em sua casa. Oga não está nada contente com essa nova “responsabilidade” e precisa procurar alguém ainda mais mal que ele para transferir a guarda do pequeno Beel. Porém, ao que parece, essa não será uma tarefa fácil. Ele é muito mal.
A premissa parece bem legal, né? E é! O
Oga é um excelente personagem e os coadjuvantes dão bom suporte para que
ele se destaque ainda mais. Porém, por algum motivo, o ritmo do anime
tornou tudo isso massante demais. É complicado dizer aqui o motivo para
isso, mas simplesmente não funcionou naquele formato. No entanto, ao
terminar esse primeiro volume do mangá, minha sensação foi diferente.
Na mídia impressa o dinamismo do mangá se
mostrou mais intenso. Não há um prolongamento exagerado de certas
passagens. As coisas acontecem em um ritmo que não deixa começar a ficar
chato. Sem contar que eu me peguei rindo por coisas que eu já sabia que
iriam acontecer (por ter visto o anime).
Essa minha diversão ao ler o mangá pode ser explicada por dois fatores:
Primeiro, o trabalho do autor, Ryuhei
Tamura. Apesar dessa ser sua primeira e, até o momento, única série
publicada, ele demonstra um bom controle do formato e brinca com
expressões, narrativa, timing para comédia… tudo funciona melhor no mangá. TUDO! E isso me surpreendeu bastante.
Segundo, a adaptação da Panini. Tenho que
parabenizar a editora pelo que ela fez. Não se apegou a japonêsismos
que tirariam parte da graça do jeitão do Oga e das “comédias” do mangá.
Só de ler os nomes de alguns capítulos eu já rio: “Catei um capeta”, “O
Valentão e o Molequinho”, “Traste forte maldito”, “É a mãe”. O texto é
fluido e você pega bem o clima do mangá. Os sufixos de tratamento (-san,
-kun, etc) ainda permanecem, como padrão da editora, mas só isso.
Parabéns mesmo para Dirce Miyamura por sua tradução e adaptação em
Beelzebub.
Não vou dizer que é um excelente mangá.
Ainda tá muito no começo para afirmar isso. No entanto, a série tem uma
base de fãs muito sólida, constantemente vem aparecido em boas posições
no ToC
e já está no volume 18º volume no Japão e se mantendo forte. Vale a
pena comprar e ler. É provável que vocês irão gostar. Posso garantir
que, pelo menos, melhor que o anime ele é.
genkidama/anikenkai
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