quinta-feira, 30 de maio de 2013

5+1 mangás sobre fazer mangá!!

51MangasdeManga
Yo!
Bakuman se tornou um sucesso falando sobre fazer mangá. Entre seus méritos está o fato de que criou uma onda de novos artistas, que acaba sendo também seu ponto mais irritante. Todo mundo virou “especialista de mangá”. Vamos ver mais cinco obras que abordam o tema?

 Otoko no Jouken

Uma das primeiras séries da Shonen Jump, Otoko no Jouken abordava uma época diferente do Japão. Kazutaro largou os estudos depois do ginásio para trabalhar em uma indústria, em condições sub-humanas. Seu sonho era fazer mangá e para isso, ele tenta se tornar assistente de um grande mangaká. Recusado, ele acaba se metendo em uma briga com a yakuza e tem sua cabeça ferida por uma garrafa. Com o seu próprio sangue, Kazutaro prepara as páginas de um teste, que o faz ser finalmente aceito. Imagine os exageros dramáticos dos gekigás da década de setenta em uma história de sucesso pessoal. Como se Kyojin no Hoshi se misturasse com Bakuman. Isso é Otoko no Jouken. É tão dramático que seu rival não quer simplesmente fazer um mangá melhor, ele quer mesmo matar o protagonista!
Apesar de parecer interessante pela premissa e ter dois grandes autores produzindo, Otoko no Jouken durou apenas dois volumes e foi cancelado. E nunca mais foi republicado, salvo uma ou outra aparição em compilações, como a Jump Legend (que eu tenho!). Somente com o passar do tempo é que seu nome passou a ficar conhecido entre os leitores mais obstinados, como um material cult. O interesse cresceu depois de ser citado em Bakuman, com suas cinco regras do mangaká MACHO! (tipo fazer do seu sangue o seu nanquim…)
Autores: Ikki Kajiwara e Noboru Kawasaki, a dupla de Kyojin no Hoshi. Foi publicado entre 1968 e 1969, na Shonen Jump.
OtokonoJouken

Manga Michi

Com certeza o maior mangá sobre fazer mangá. Está na prateleira de praticamente todo grande mangaká da atualidade, de Eiichiro Oda à Harold Sakuishi. É a história auto biográfica de Fujiko Fujiyo A, um dos mangakás da dupla Fujiko Fujiyo. Eles fizeram parte da segunda geração do Tokiwa-sou, a pensão lendária onde Osamu Tezuka viveu, e foram assistentes e amigos pessoais do deus do mangá. Na época deles, fazer mangá era mais do que publicar semanalmente, mensalmente… A maior parte dessa geração publicava mais de uma história simultaneamente. Faziam dezenas de páginas por semana e viviam na adrenalina de múltiplos deadlines. Mas eram apaixonados por tudo isso. E por isso aguentavam tudo, mesmo sem todo o glamour dos grandes nomes de hoje.
Eles viviam em quartos de quatro tatames e meio ( cerca de seis metros quadrados), com banheiro e cozinha coletiva, não tinham carros caros e nem filas de fãs. Mas exatamente por isso, eram apenas os que viviam o mangá com o coração. E é esse o grande charme da obra. Ela mostra o verdadeiro amor por fazer mangás e é considerado a alma do mangaká, a essência de viver pela arte.
Autor: Fujiko Fujiyo A. Publicado entre 1970 e 1972, na Shonen Champion.
Mangamichi

Manga no Tsukurikata

Uma inusitada visão da produção de mangá feminino, que segue uma forma completamente diferente do mangá para garotos. Claro que é uma área ainda mais particular, por causa do romance velado entre garotas, o yuri, que rola na história. Nela, Asuka Kawaguchi, um prodígio dos mangás, que iniciou sua carreira aos 13 anos, está com 19 e há um bom tempo em uma crise criativa. Fora do mercado, ela se inspira em uma nova mangaká para criar uma nova história. Para isso, ela busca experiência com algo que tem funcionado no mercado: o yuri, a relação amorosa entre duas garotas. Usando uma amiga que é apaixonada por ela, Kawaguchi cria as situações para sua nova obra. Mas essa amiga é Morishita, que assina seus mangás como Sachi, a mangaká que colocou Kawaguchi de volta no mercado.
Ao contrário dos outros, é uma obra mais de relacionamento do que de produção em si, mas toca em um ponto muito importante do mangá feminino, que é o de se tornar cobaia de suas histórias. Muitas autoras de mangá se forçam a viver relacionamentos e terminar eles para criar histórias realistas sobre sentimentos e esse é o ponto dessa história. Apesar do rótulo -yuri-, que acaba sendo uma versão com meninas do boys love, a história consegue ir um pouco além. Os diálogos são bacanas, e mesmo quando não dizem nada, acabam por dizer muita coisa. Ah, e vale dizer: o mangá é seinen, ou seja, para homens.
Autora: Aori Hirao. Publicado desde 2007, na Comic Ryu, e ainda é publicado.
ManganoTsukurikata

Eroman no Hoshi

Esse é uma grande surpresa. O título se traduz para “A Estrela do Mangá Erótico” e realmente se trata de um garoto almejando se tornar um mangaká de pornografia. Mas se leva tão a sério que chega a ser uma leitura de alto nível, cheia de referências otaku de todo tipo, bem humorado, louco, mas cheio de dicas valiosas e verdadeiras, sobre tudo da produção de um mangá, desde o roteiro até a arte, indo de amador à assistente e depois profissional. Eu diria que em dois volumes, ele vale mais para um aspirante a mangaká do que os vinte volumes de Bakuman. E o final ainda pode ser tão intenso que vai tirar lágrimas dos mais sensíveis. Sério! Um mangá que leva a masturbação a níveis quase científicos!
Provavelmente o que eu deixaria no topo da leitura para quem se interessa.
Autor: Morihito Kanehira. Publicado em 2010, na Young King Ours.
EromannoHoshi

Bokuman

O polêmico. Shuho Sato nasceu com uma veia para a contestação. Seu maior sucesso, Black Jack ni Yoroshiku, critica abertamente o sistema de saúde japonês, que tem problemas que transformariam o SUS em modelo de atendimento. Reparou que nos mangás, todo mundo que quer se recuperar de alguma doença grave vai para os EUA? Além disso, ele criou um mega sucesso nas adaptações, Umizaru, que bateu recordes nos cinemas em sua segunda adaptação e criou uma briga entre ele e a Fuji TV, que produziu as adaptações de suas obras, por conta de repasses duvidosos e falta de comunicação no uso da marca. Agora, imagine o que pensa um cara como esse quando vê o idealista e fantasioso Bakuman? Bokuman é uma resposta direta ao positivo mercado do mangá de Oba Tsugumi e Takeshi Obata. Muito mais duro e cheio de áreas cinzentas, ele trata o mercado de mangás com o mesmo carinho que tratou o sistema de saúde. Mas infelizmente a série durou apenas 3 capítulos e foi cancelada, sem final. Na verdade, sem começo até, já que a história nem ao menos havia engrenado. Shuho explicou em seu site dizendo que houve complicações contratuais que não puderam chegar a um acordo entre as partes e o afastou da produção. Havia a possibilidade do artista tomar as rédeas, mas no fim, a série foi mesmo cancelada, apesar de toda a repercussão que causou.
Não vale a leitura? Vale. Sato é um bom narrador, extremamente detalhista na criação de página e sua história parecia estar caminhando bem. Mas três capítulos inconclusivos e sem chegar a lugar algum em nenhum ponto é bem frustrante. Vale ver o making off, publicado no site do autor, uma verdadeira aula de engenharia de página, mostrando como posicionar balões e imagem de forma fluida e natural. Mas pelo assunto em si? Não vale.
Autores: Shuho Sato e Tokihiko Ishiki. Publicado em 2011, na Manga Action.
Bokuman
E mais um de bônus!

Uchi no San Shimai

Pegue uma veterana artista de mangá, que publicou por anos na Margaret, selo shojo da Shueisha. Coloque ela para falar de suas três filhas, em um mangá simples, sobre o cotidiano. E você tem uma obra incrivelmente simpática sobre uma dona de casa comum, que trabalha em seus mangás, cuida da casa e cria suas três filhas pequenas, com tudo que acontece normalmente, mas de uma forma que só uma pessoa criativa pode contar. Às vezes, misturando fantoches e brincadeiras de criança. Outras, videogames e coisas que ela abandonou com o tempo. Virou um manual e uma espécie de confessionário de jovens mães como ela e um sucesso respeitável, com um anime bacana, games, produtos…

Você não vai ver dica nenhuma aqui, nem tanta coisa de bastidores (só coisas tipo “minha segunda filha vomitou enquanto eu fazia uma página”) mas vale pra ver o esforço de ser mãe e ser mangaká ao mesmo tempo.
Autora: Pretz Matsumoto. Publicado desde 2005 e ainda em publicação. Na Manga Club, depois migrou para a Suku Suku Paradise.
Uchino3shimai


genkidama

Sonha Desenhar Mangá no Japão (ou no Brasil)? Pense Duas Vezes! !!

Segue abaixo uma agenda de trabalho que achei casualmente na internet. Ela mostra como é a semana de  um mangáka (desenhista de mangá) da revista semanal japonesa Shounen Jump, o Hiroshi Shiibashi, autor de Nurarihyon no Mago. Seu desenho é um dos mais detalhistas e trabalhados que já passou na Jump, e por isso ele precisa trabalhar tanto! Ele é um workaholic assumido, mas mostra até que ponto um mangáka precisa "dar o sangue" pelo seu emprego. Por força de contrato, o autor precisa desenhar de 25 a 30 páginas por semana em média , mais ilustrações avulsas e algumas páginas coloridas eventuais. Examine-a com atenção e depois dela continuamos esta conversa. Tenho certeza que muitos fãs e principalmente desenhistas amadores, que sonham em "desenhar mangá no Japão", ficarão chocados! Eu a traduzi para melhor entendimento de todos. E por favor, quem for utilizá-la em trabalhos escolares ou em outros sites/blogs, que faça a gentileza de citar de onde retirou esta versão traduzida!

Depois de analisar bem esta planilha, alguém aí ainda alimenta a ilusão de que desenhar no Japão é "moleza" e que vai "ficar rico e famoso"? Notou que o mangáka trabalha como um cavalo de segunda a segunda, sem um único dia de descanso e tem apenas três horas de lazer por semana? Este ritmo de trabalho intenso, que aqui no Brasil seria considerado até desumano, é a rotina de vários mangákas no Japão! Porque ao contrário do que muitos fãs e desenhistas amadores pensam, desenhar uma média de 25 páginas por semana não é nada fácil! Não sei quem foi o imbecil que começou isso, mas aqui no Brasil se convencionou que "desenhar é fácil" ou "desenhar é uma brincadeira". Notícia para vocês, desinformados: desenhar não é nada fácil e muito menos rápido! Cada detalhezinho que se vê numa página de quadrinhos toma tempo para ser feito, e exige atenção e concentração do desenhista - e para se conseguir um bom resultado, desenhar "rápido" está fora de cogitação.

Toriyama Akira estava proibido de viajar de avião enquanto desenhou Dragon Ball
Os ganhos dos mangákas são altos, é verdade, mas como vocês devem ter notado, não resta muito tempo para desfrutar do dinheiro e "fama" que conquistam a duras penas. Ele é, literalmente, um prisioneiro de seu próprio sucesso. Não é à toa que vez ou outra temos notícias de mangákas que pararam de publicar por "problemas de saúde" como Takahashi Rumiko (Ramna 1/2 e Inuyasha) que teve ulcera estomacal, ou Mokona Apapa do grupo CLAMP, que está afastada há quase um ano por problemas na coluna... Mesmo em seus momentos de lazer, os mangákas não deixam de ser controlados. Toriyama Akira (Dragon Ball)  por exemplo, na época que desenhava as lutas épicas de Goku, era proibido de viajar de avião em seu contrato editorial! Afinal, a Shueisha não podia arriscar de forma alguma perder a sua "galinha dos ovos de ouro".
Mokona Apapa (a de kimono) está afastada desde o ano passado para cuidar de um problema de coluna, causado por trabalho excessivo.
E agora, uma dose de realidade cruel para os que ainda acham que vão conseguir desenhar no Japão facinho: as chances são mínimas, minimas mesmo, por um motivo bem simples - há centenas de milhares de desenhistas amadores de mangá no Japão! Eles tem tantos aspirantes a mangákas quanto há de aspirantes a jogador de futebol no Brasil! Enquanto lá todos assistem desenho animado "de olho grande" antes de aprender a ler, aqui no Brasil temos crianças chutando bola assim que aprendem a andar! Então, a chance de um brasileiro se tornar um mangáka de renome é tão pequena quanto a de um japonês vir a jogar futebol num time de primeira linha no Brasil. Aliás, já viu algum japonês nos grandes times daqui? E algum mangáka brasileiro nas maiores revistas semanais, você viu? Deu para entender, né? Mas note, eu não disse que é impossível se tornar um mangáka no Japão, mas garanto que é muito, muito, mas muito difícil! E mesmo que consiga passar na rigorosa seleção, você garante que consegue aguentar o ritmo de trabalho apresentado na planilha aí em cima?
A série Bakuman, apesar de romanceada, mostra muito da cruel realidade de ser um mangaká no Japão!
E desenhar mangá no Brasil é mais difícil ainda! Primeiro porque as chances praticamente acabaram depois que os mangás do Japão chegaram aos montes por aqui - é muito mais barato e seguro uma editora brasileira investir num mangá de sucesso (e com seu próprio desenho animado) do que num artista com sua série totalmente desconhecida, por mais bem que ele desenhe! Além do baixo pagamento, as poucas oportunidades que surgem exigem dedicação e capricho para poderem ficar à altura de uma série de mangá "made in Japan". Aqui no Brasil, um quadrinista para desenhar 25 páginas demora em média um mês - quatro vezes menos que um mangáka japonês! E conheço vários desenhistas que reclamam de cansaço quando entregam o serviço!
Erica Awano desenhou toda a série Holy Avenger num ritmo impressionante!
Um exemplo de raro profissionalismo que acompanhei bem de perto aqui no Brasil: Érica Awano, que desenhou 40 edições + 2 especiais da série Holy Avenger, produzia exatas 20 páginas de quadrinhos por mês, mais a ilustração de capa - tudo desenhado e arte-finalizado a nanquim de próprio punho, seguindo os lay-outs preparados pelo Marcelo Cassaro, criador e roteirista da série. Durante os anos de produção, a Érica só atrasou a entrega de uma edição! Mas para cumprir os prazos, ela trabalhava de segunda a sábado num ritmo de 12 horas por dia ou mais! E nas raras vezes que saía conosco para se divertir (sempre frequentamos a mesma roda de amigos desde os tempos da ORCADE), quando íamos jogar boliche, apenas ficava olhando os pinos serem derrubados. Ela me explicou na época que se arremessasse aquelas bolas pesadas, sua mão ficaria inútil para desenhar por "dois ou três dias" devido ao esforço dos músculos da mão - algo similar ao cansaço de atletas depois de uma maratona. Ou seja, a Erica precisava até mesmo selecionar suas formas de diversão para não prejudicar seu trabalho!

Portanto desenhistas amadores ou fãs que sonham ser mangákas aqui ou no Nihon, achando que é um serviço fácil e que vai lhe dar fama e fortuna no mole: tirem seus cavalinhos da chuva, porque não é! Trata-se de um serviço como qualquer outro, que só compensa aos que se esforçam e se empenham! Como aliás, acontece em qualquer forma de trabalho digno e honesto. Não há atalhos para fama e fortuna. A estrada é longa, árdua, impiedosa e a seleção é cruel com os preguiçosos ou desmotivados. Boa sorte aos que depois deste aviso sincero ainda tentarem, e parabéns pela vitória aos que conseguirem!

Essa materia foi encontrada no animaxmagazine 
muito interessante !!

Japoneses dizem o que gostariam de ser quando crescer!!


Faz tempo que eu não posto nada aqui do site What Thinks Japan, que publica e comenta resultados de pesquisa. Pois bem, foi feita uma pesquisa on line com 1085 pessoas – 580 homens e 505 mulheres – entre 24 de abril e 24 de maio sobre o que as pessoas gostariam de ser quando crescer. Havia gente de todas as faixas etárias, e, a meu ver, adolescentes – 11% do total – não deveriam participar da pesquisa, afinal, eles e elas ainda podem concretizar seus sonhos (*Ou sei lá... Vide o texto do Contardo Calligaris*). Aliás, para quase todos os sonhos é possível ainda correr atrás. Explico “quase todos”, porque se você cisma de aos trinta ser ginasta artístico, bem, você nunca chegará ao nível daqueles que começaram com três, quatro anos de idade, tampouco irá para uma Olimpíada. Mas, de resto, pouca coisa é de fato realmente impossível, em todos os aspectos. Eu quando era criança queria ser “desenhista de desenho animado”. Não sabia eu que aqui, no Brasil, seria algo praticamente impossível, mas não recebi incentivo algum para ser desenhista... Curiosamente, mais mulheres do que homens sonhavam em ser mangá-ka... Segundo entendi, todos receberam um questionário com várias opções. Acho engraçado que a história do “Baker, cake maker”, que eu traduzi como “confeiteiro”. Alguém tem uma sugestão melhor? Seria legal ver as faixas etárias aqui. Enfim, segue o resultado dos japoneses.

Homens
1. Atleta – 100%
2. Piloto – 53,6%
3. Médico – 36,4%
4. Mangá-ka – 32,5%
5. Professor – 27,3%
6. Astronauta – 24,5%
7. Confeiteiro – 19,9%
8. Advogado – 17,9%
9. Cantor – 13,9%
9. Diplomata – 13,9%

MULHERES
1. Confeiteira – 100%
2. Professora – 65%
3. Mangá-ka – 48,6%
4. Cantora – 39,3%
5. Enfermeira – 35,7%
6. Apresentadora de TV – 19,3%
7. Intérprete/Tradutora – 14,3%
8. Modelo – 10,7%
9. Médica – 9,3%
10. Advogada – 7,1%

P.S.: A foto veio do site Anime.Com.br, de uma matéria chamada Escola de mangá em Tóquio.

42% dos Japoneses se consideram “Otaku”!!


O Sankaku Complex (+18) comentou uma pesquisa feita com 137,734 japoneses e que pontou que 42% dos entrevistados se consideram Otaku.  Apesar do termo ter ficado associado no Ocidente ao fã – sem sentido pejorativo – de anime e mangá, no Japão, a palavra tem um sentido pejorativo e pode ser aplicada a qualquer fanático por um hobby.  Lembram que em KurageHime temos otaku de trem, de seriados históricos, de quimonos e bonecas antigas, de água-viva... Entendem o ponto?  Dentre os homens entrevistados, 45,7% se consideram otaku, comparado com 38,1% das mulheres.  Já quanto à idade temos:
  • Adolescentes: 62.0%
  • Na casa dos 20: 55.6%
  • Na casa dos 30: 46.4%
  • Na casa dos 40: 44.8%
  • Na casa dos 50: 36.7%
  • N casa dos 60: 26.9%
  • Na casa dos 70: 23.1%
  • Na casa dos 80: 23.3%

Sachê com ideograma!!


(Produção: Karina Tiemi | Fotos: Jin Yonezawa/NB)
Pode servir para decorar um criado- mudo, ou perfumar as roupas no armário:O aroma fica a critério de cada um. Trata-se de uma boa opção para dar de lembrança aos amigos e, para aqueles que estudam japonês, uma divertida maneira de treinar o seu hiragana e também o katakana, silabários que podem ser mais fáceis de bordar.
 
Material
• Tecido etamine na cor preta, no tamanho que desejar. No modelo utilizou-se 20cm x 18cm
• Linhas para bordar nas cores vermelha e preta
• Manta acrílica
• Fita de cetim vermelha
• Agulha
• Tesoura
 
Passo-a-passo
1 - Borde os corações em fileira nos cantos superior e inferior, do centro para as laterais, do tecido etamine.
2 - Desfie 3 fileiras do tecido para formar uma faixa.

3 - Borde o ideograma, com o significado que desejar, no centro da parte inferior do tecido, acima da fileira de corações.
4 - Costure do avesso para fechar o saquinho na lateral e na parte inferior. Faça uma barra na parte superior para não desfiar.

5 - Vire o sachê para o lado direito do trabalho e, com uma agulha, passe a fita de cetim na faixa desfiada anteriormente em todo seu diâmetro.
6 - Corte na diagonal o excesso de fita nas extremidades. Em seguida, coloque a manta acrílica recheada com a essência de sua preferência.
7 - Amarre o laço e está pronto o seu sachê.
Dica: Em vez de de bordar o ideograma, pode-se usar um guardanapo especial para decoupage.

Namae no superu!!

Namae no superu
Soletrando o nome
A: Sumimasen, onamae wa?
A:
A: Por favor, qual é o seu nome?

B: William James des.
B:
B: William James.

A: Ah, gaikoku no kata des ne. Superu o onegai shimas.
A:
A: Ah, o senhor é estrangeiro! Por favor, poderia soletrar?

B: Hai. W (daburyu), I (ai), L (eru), L (eru), I (ai), A(ei), M (emu), William des.
B:
B: Claro. W-I-L-L-I-A-M, William.

B: Myôodi wa J (dyei), A (ei), M (emu), E (ii), S (es), James des.
B:
B: E o sobrenome é J-A-M-E-S, James.

A: Hai, kashikomarimashita. William Jamessama des ne.
A:
A: Sim, pois não. Sr. William James, não?

Agora é sua vez
Sumimasen, onamae wa?
_____________________________________
Ah, gaikoku no kata des ne.___________________
Hai, _____________________________________
Myôoji wa ________________________________
Hai, kashikomarimashita._____________________
Vocabulário
(namae) = nome
(myôodi) = sobrenome
(fâasto nêemu) = primeiro nome
(fûuru nêemu) = nome completo

Ao ser solicitado para soletrar o nome, use o alfabeto romano.
A =ei
B = bii
C =shii
D = dii
E = ii
F = efu
G = dii
H = eiti
I = ai

J = dyei
K = kei
L = eru
M = emu
N = enu
O = ôo
P = pii
Q =kyûu
R = âaru
S = es
T = tii
U = yûu
V = vii
W = daburyu
X = ekkusu
Y = wai
Z = zetto

Kusudama Luminous!!


o kusudama (kusu = kusuri = remédio e dama = tama = bola) era originariamente utilizado como uma espécie de incensário contendo ervas e dependurado sobre a cabeceira de doentes. Posteriormente, ele passou a ser usado como um amuleto para afastar doenças e, com o passar do tempo, como um simples elemento decorativo. Segundo a artesã Andréa Iogolia, o kusudama é considerado um origami modular, uma vez que é confeccionado através do encaixe de módulos ou unidades.
Material utilizado para o kusudama completo
• Cola
• Agulha de bordado
• 5 fios de seda oriental de 60 cm de comprimento
• 6 folhas de papel colorido 15 x 15 cm
• 2 cristais de 12 mm (se preferir, substitua por acrílicos ou outros tipos de contas)
• 3 cristais muranos
Passo-a-passo
1• Dobre a folha ao meio, formando um triângulo.
2• Desdobre-a e repita o processo do outro lado, formando um “X” ao desdobrar a folha.

3• Dobre cada ponta da folha até o centro, somente para vincar, e desdobre.
4• Trabalhe, agora, com os triângulos formados ao redor do quadrado, dobrando suas pontas até a base, em todos os lados.

5• Em seguida, dobre cada um dos lados para dentro, formando uma espécie de “porta-retrato”.
6• Vire a peça de modo que não apareça a parte branca do papel e dobre as pontas do quadrado, levando-as ao centro.

7• Pegue cada ponta dos triângulos formados e dobre-os para fora, formando pequenos triângulos.
8• Agora, dobre cada ponta do quadrado novamente até o centro, por cima dos pequenos triângulos.

9• Desdobre e pronto, você já tem um módulo! Repita o processo com as outras folhas, confeccionando um total de seis módulos. 

Passo-a-passo
1- Pegue quatro módulos e vá encaixando e colando um a um, passando um pingo de cola nas pontas de cada módulo, que serão encaixadas no “bolso” do outro, formando um cubo aberto.
2 - Encaixe e cole o penúltimo módulo, fechando um dos lados do cubo aberto.

3 - Passe o fio de seda na agulha, e, depois, por dentro da peça, na diagonal, transpassando pelo furinho do próprio cubo, dando um nó ou vários, até sentir que o fio está preso.
4- Feche o cubo, passando cola e encaixando, finalmente, o último módulo.

5- Fechado o cubo, dê um nó no fio de seda do lado oposto, para prendê-lo também e passar para a afixação dos pingentes e do feixe de fios de seda.
6- Passe o fio na agulha e vá introduzindo os cristais e muranos, alternando-os a gosto.

7- Agora, junte os outros fios de seda, dobrando-os ao meio, levando este feixe à altura do último pingente e deixando o fio principal ao meio.
8- Puxe o fio principal do meio para cima, para amarrar o feixe junto aos pingentes, dê um nó e junte o fio principal aos demais do feixe.

9- Apare o feixe, nivelando todos os fios no comprimento que desejar.
10- Pegue um pedaço de fio das aparas para dar um arremate no feixe, dando um nó e cortando as sobras. Prontinho, agora é só pendurá-lo!
 
Dica:
Se quiser utilizar esse kusudama como aromatizador, antes de fechá-lo, introduza um sachê feito com grãos de sagu embrulhados em um pedaço de tecido fino e embebidos em essência de sua preferência.