Hoje pude
fazer uma visita à banca e ver que Toriko já havia saído. O novo
lançamento da Panini era aguardado por mim já que sou fã do Shimabukuro
e, especialmente de Toriko. No entanto, apesar de eu gostar da série,
nunca li ela por mais de dois volumes. Com o lançamento nacional eu
finalmente vou deslanchar e ler, de uma vez por todas a obra definitiva
da Era dos Gourmets.
Para começar, gostaria de dizer que a
palavra “gourmet” não me agrada. Eu adoro comida e adoro cozinhar, mas a
palavra gourmet me remete a algo metido e sem paixão. Mas tudo bem, sei
que a palavra não quer dizer exatamente isso e nem vai ser um motivo
para eu desgostar de todo um mangá.
Toriko é um Caçador Gourmet, alguém que
dedica a vida a caçar animais raros e exóticos para satisfazer o paladar
de quem pode pagar por seus serviços. É nesse contexto que conhecemos
Komatsu, um chef de um grande hotel cinco estrelas que recebe ordens de
cozinhar um animal muito raro e precisa que Toriko o ajude a capturá-lo.
Durante a aventura, Komatsu fica encantado com a conexão que Toriko tem
com a comida na fonte e decide se juntar a ele em suas futuras caçadas,
em busca do menu perfeito.
Quando batemos o olho nesse mangá, um
aspecto que chama a atenção é a arte. Extremamente caricaturada e
característica do autor. Uma mistura de exageros cômicos e exageros de
proporção física. Na verdade, para ser sincero, o mangá inteiro é
fortemente exagerado. Tanto a arte quanto os elementos daquele universo.
É tudo grandioso e maravilhoso. O suficiente para inspirar a Era dos
Gourmet, onde todos vivem em prol da comida.
Toda esse exagero pode acabar
atrapalhando o aproveitamento da história para alguns que não conseguem
praticar a suspensão de realidade a esse nível. A própria motivação da
história é um tanto besta: Toriko fazer seu menu perfeito. Nem eu que
adoro comida conseguiria pensar num plot tão cretino.
Mas não se assustem. Como eu disse no
começo, eu gosto de Toriko e os motivos são vários. Para começar, eu
gosto de todo essa sensação de anos 80, início dos 90, que passa a obra.
Além disso, o tema é comida e, apesar de fictícia, atiça minha
curiosidade e garante minha atenção. Há também a parte da ação que,
apesar de nesse primeiro volume não ter tido tanto destaque, promete
existir e em boa quantidade.
Quanto à edição brasileira, achei muito
competente. Apesar da mania da Panini em deixar os honoríficos (-san,
-kun, -chan, etc), as adaptações que foram feitas ficaram muito boas e
foram devidamente explicadas no glossário. A leitura flui bem, mas ainda
dá para encontrar alguns erros de digitação. Bola fora, ein, Panini.
Fisicamente o mangá segue os padrões atuais e não se destaca
positivamente nem negativamente em nenhum aspecto.
Toriko é conhecido por ter seus altos e
baixos. Bons arcos são seguidos de arcos ruins e depois retomam em bons
arcos. Como eu nunca avancei tanto em minha leitura da obra, não posso
garantir tal afirmação, mas farei questão de ler e de conferir. Toriko é
uma das obras que mais esperava sair em território nacional e
finalmente está nas bancas. Que venha logo o volume 2. Estou esperando.
Só para completar, fiquei feliz de ver
que o próprio Toriko tira sarro da Organização Internacional Gourmet.
Vamos ver se ele irá acusá-los de ficarem de mimimi demais com a comida
ao invés de apreciá-la de forma mais “orgânica”. rs.
genkidama/anikenkai
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