
Just Drive.
Filme baseado no best-seller homônimo de James Sallis (lançado aqui no Brasil pela Leya), inicialmente pensado como um concorrente para a saga Velozes e Furiosos, mas que no fim tornou-se um filme que já pode ser classificado como um clássico moderno do cinema. Um dos melhores filmes de 2011 e que bizarramente só chegou no Brasil esse mês.
Estrelado impecavelmente por Ryan Gosling, dirigido poderosamente por Nicolas Winding Refn, o filme graças aos dois se distanciou da fórmula de V&F e acabou sendo mais fiel ao espírito do livro, ao mesmo tempo que distinguin-se dele. Ler o livro e assistir o filme são duas jornadas ligeiramente diferentes, mas ambas terminam no mesmo sentimento.
E sentimento é tudo sobre Drive. Um filme cru e cheio de nuances, que convida o espectador a exercer um olhar atento conforme os acontecimentos vão se desenrolando. Promove a contemplação, reflexão, inflexão ao falar ou pensar sobre o que se vê. E que quando termina, instiga o espectador a compartilhar suas emoções. Por isso, é um filme emocionante, mas de verdade.
Um piloto profissional trabalha em cenas de perseguição de carros em Hollywood. Além disso, ele usa sua habilidade e precisão no volante como motorista em assaltos. Dentro do seu mundo solitário ele conhece Irene, cujo marido sairá da prisão em poucos dias. Disposto a ajudar essa família a pagar uma antiga dívida, ele se dividirá entre usar todas as suas habilidades para salva-lá ou embarcar em uma fulminante paixão.
Em um mundo dominado por blockbusters cheios de barulho e cortes rápidos nas cenas, Drive parece um filme deslocado em seu próprio tempo. Não fossem alguns elementos próprios do mundo atual como Mustangs e celulares, Drive poderia se passar por algum filme europeu de décadas passadas. Não é um filme para todos, embora todos deveriam vê-lo!
Houve até quem tenha processado o filme por ele não ser um típico V&F! De fato, você pode ver o trailer e pensar nele como um filme típico, mas eu reforço o aviso que o trailer de Drive não faz jus a ele. Parafraseando Optimus Prime, Drive é “mais do que os olhos podem ver”.
Portallos
Nenhum comentário:
Postar um comentário