Widad "A Que Ama”, Hadya “O Guia”", Darry, "Aquele Que Causa Sofrimento”, Mumita, “A destruidora” e 95 outros super-heróis são a alternativa muçulmana para os quadrinhos norte-americanos e japoneses.
Eles não rezam, nem lêem o Corão, nem falam do Islã . Mas o roteiro gira em torno da tradição muçulmana e cada super-herói simboliza as 99 virtudes de Alá. São virtudes humanas, mas o deus dos muçulmanos tem grau infinito. Trata-se do “The 99” (Os 99), uma produção em parceria entre a DC Comics (EUA) e a Teshkeel Comics (Kuwait). Publicada pela primeira vez em 2006 (em alguns países islâmicos) e 2007 (EUA), a série tem sido acompanhada por sucesso e polêmica.
Em 2010, por exemplo, a publicação foi elogiada por Barack Obama durante a Cúpula Presidencial Empresarial (Washington) por abraçar os ensinamentos e a tolerância do islã. Mas apesar de a série ter saltado as barreiras do mundo muçulmano, com direitos comprados por mais de 20 países do Ocidente, ela ainda é proibida em muitos países muçulmanos.
Outro ponto polêmico foi quando a Discovery Channel comprou os direitos televisos de “Os 99”. Na ocasião, o The New York Post acusou a série de fazer apologia ao Islã (não do islamismo radical, mas simplesmente do Islã), o que levou a emissora a cancelar por tempo indeterminado o início da produção. Isso porque, segundo o jornal, há um personagem particularmente controvertido: Battina “A Escondida”, que tem poderes de invisibilidade, mas aparece totalmente coberta por uma burka. A série tem outras 4 mulheres.
Segundo o jornal britânico The Daily Telegraph, só no Reino Unidos já foram vendidos mais de um milhão de cópias de diferentes histórias de “Os 99”.
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