quarta-feira, 22 de maio de 2013

Analisando “Toriko” (Panini)!!

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Hoje pude fazer uma visita à banca e ver que Toriko já havia saído. O novo lançamento da Panini era aguardado por mim já que sou fã do Shimabukuro e, especialmente de Toriko. No entanto, apesar de eu gostar da série, nunca li ela por mais de dois volumes. Com o lançamento nacional eu finalmente vou deslanchar e ler, de uma vez por todas a obra definitiva da Era dos Gourmets.
Para começar, gostaria de dizer que a palavra “gourmet” não me agrada. Eu adoro comida e adoro cozinhar, mas a palavra gourmet me remete a algo metido e sem paixão. Mas tudo bem, sei que a palavra não quer dizer exatamente isso e nem vai ser um motivo para eu desgostar de todo um mangá.
Toriko é um Caçador Gourmet, alguém que dedica a vida a caçar animais raros e exóticos para satisfazer o paladar de quem pode pagar por seus serviços. É nesse contexto que conhecemos Komatsu, um chef de um grande hotel cinco estrelas que recebe ordens de cozinhar um animal muito raro e precisa que Toriko o ajude a capturá-lo. Durante a aventura, Komatsu fica encantado com a conexão que Toriko tem com a comida na fonte e decide se juntar a ele em suas futuras caçadas, em busca do menu perfeito.
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Quando batemos o olho nesse mangá, um aspecto que chama a atenção é a arte. Extremamente caricaturada e característica do autor. Uma mistura de exageros cômicos e exageros de proporção física. Na verdade, para ser sincero, o mangá inteiro é fortemente exagerado. Tanto a arte quanto os elementos daquele universo. É tudo grandioso e maravilhoso. O suficiente para inspirar a Era dos Gourmet, onde todos vivem em prol da comida.
Toda esse exagero pode acabar atrapalhando o aproveitamento da história para alguns que não conseguem praticar a suspensão de realidade a esse nível. A própria motivação da história é um tanto besta: Toriko fazer seu menu perfeito. Nem eu que adoro comida conseguiria pensar num plot tão cretino.
Mas não se assustem. Como eu disse no começo, eu gosto de Toriko e os motivos são vários. Para começar, eu gosto de todo essa sensação de anos 80, início dos 90, que passa a obra. Além disso, o tema é comida e, apesar de fictícia, atiça minha curiosidade e garante minha atenção. Há também a parte da ação que, apesar de nesse primeiro volume não ter tido tanto destaque, promete existir e em boa quantidade.
Quanto à edição brasileira, achei muito competente. Apesar da mania da Panini em deixar os honoríficos (-san, -kun, -chan, etc), as adaptações que foram feitas ficaram muito boas e foram devidamente explicadas no glossário. A leitura flui bem, mas ainda dá para encontrar alguns erros de digitação. Bola fora, ein, Panini. Fisicamente o mangá segue os padrões atuais e não se destaca positivamente nem negativamente em nenhum aspecto.
Toriko é conhecido por ter seus altos e baixos. Bons arcos são seguidos de arcos ruins e depois retomam em bons arcos. Como eu nunca avancei tanto em minha leitura da obra, não posso garantir tal afirmação, mas farei questão de ler e de conferir. Toriko é uma das obras que mais esperava sair em território nacional e finalmente está nas bancas. Que venha logo o volume 2. Estou esperando.
Só para completar, fiquei feliz de ver que o próprio Toriko tira sarro da Organização Internacional Gourmet. Vamos ver se ele irá acusá-los de ficarem de mimimi demais com a comida ao invés de apreciá-la de forma mais “orgânica”. rs.
 genkidama/anikenkai

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