sexta-feira, 31 de agosto de 2012

(fdp) | Preview!!

A nova série da HBO mostra o futebol pelos olhos daquele que é mais xingado em campo: o árbitro


fdp Poster
fdp
fdp
fdp
fdp
fdp
fdp
É seguro dizer que o futebol é o esporte oficial dos brasileiros. Não é preciso muita parafernália para praticá-lo (apenas uma bola e algo que defina a marcação de onde serão os gols), o que faz com que ele esteja presente em quase todos os cenários possíveis - a pelada com os amigos depois do trabalho, o churrasco em família, a aula de educação física no colégio, aquele feriado na praia... Mas além de todas as formas recreativas do futebol, existe a profissão. E é aí que entra (fdp), a nova série cômica que a HBO da América Latina produziu em parceria com a Pródigo Filmes.
Em meio a contratações milionárias, escândalos na mídia e muito talento na ponta dos pés, os jogadores de futebol são sempre o foco das câmeras. O pouco espaço que sobra sob os holofotes acaba sendo ocupado por técnicos, dirigentes de clubes e afins - e todos se esquecem do árbitro. Ele, que apita os jogos, faz valer as regras e é o responsável por todas as decisões tomadas em campo, só é lembrado como o "filho da puta" do título. É assim que primeiro vemos Juarez Gomes da Silva (Eucir de Souza), um juiz que sonha em apitar uma final de Copa do Mundo.
Na trama, acompanhamos a vida de Juarez, que não vai bem. Após trair sua esposa (Cynthia Falabella) e ter lhe transmitido uma DST, ele é obrigado a sair de casa. Enquanto briga pela guarda de seu filho Vini (Victor Moretti), Juarez ainda tem de se preocupar em encontrar um novo lugar para morar usando apenas seu apertado salário de árbitro. Carvalhosa (Paulo Tiefenthaler) e Sérgio (Saulo Vasconcelos), os bandeirinhas, completam o trio de arbitragem da série, além de serem grandes amigos de Juarez.
Ao mesmo tempo em que dramatiza o esporte e a profissão, (fdp)  vai um pouco além, conferindo um ar absurdo a algumas situações. Um bom exemplo é que Juarez, Sérgio e Carvalhosa se dedicam única e exclusivamente à profissão quando, na verdade, é comum que a arbitragem seja um "bico" de final de semana. Cada jogo apitado que não seja parte de uma importante final de campeonato rende entre R$100 e R$300 ao profissional, fazendo com que ele tenha que buscar renda fixa em outro lugar. Juarez também é constantemente visto sob olhar público, participando de programas esportivos na TV e mesas redondas, o que não costuma acontecer na realidade (a não ser com árbitros-celebridades ou juízes aposentados). É senso comum que o árbitro bom é aquele que não é percebido em campo. Aqui, Juarez chega a ser mais requisitado pela mídia do que os próprios jogadores.
Por abordar um assunto como o futebol, (fdp) também teve de lidar com inúmeros obstáculos quanto à utilização de escudos e nomes de times reais. Além de encarar um possível problema jurídico com direito de imagem e licenciamentos, a série também teria de realizar pesquisas de estatística com base em vários fatores para determinar o vencedor de uma partida entre dois grandes times - e mesmo assim torcedores ainda ficariam enfurecidos com o possível resultado. Foi pensando nisso que os produtores Adriano Civita, Beto Gauss, Caito Ortiz e Francesco Civita optaram por tirar da equação eventuais problemas, criando clubes de futebol fictícios.
Sendo uma das primeiras séries brasileiras a abordar o tema que é a paixão nacional, (fdp)  parece bem sucedida. O assunto é tratado de maneira clara e objetiva, sem dominar todos os 30 minutos de cada episódio, que são bem divididos entre os dilemas pessoais e profissionais de Juarez. O programa cumpre com seu propósito de divertir e fazer rir, mas sempre com piadas e insinuações sutis e inteligentes.
Giuliano Cedroni, um dos donos da Pródigo Filmes, assina o argumento de (fdp) ao lado dos sócios Francesco Civita e Adriano Civita, diretor-geral da série. José Roberto Torero, colunista do caderno de esportes da Folha de S. Paulo e cineasta, se encarregou do roteiro. Com uma impecável fotografia, ótimo trabalho de câmera e a competente co-direção de Kátia Lund, Johnny Araújo, Caito Ortiz e Adriano Civita (que também produzem), foram rodados 13 episódios para a primeira temporada de (fdp), que estreia neste domingo, 26 de agosto, às 20h30, na HBO.

(fdp) | Trailer

omelete.uol

Nenhum comentário:

Postar um comentário